1 de agosto de 2006

Fóssil



A pedra
abriu
no flanco sombrio
o túmulo
e o céu
duma estrela do mar
para poder sonhar
a espuma
o vento
e me lembrar agora
que na pedra mais breve
do poema
a estrela
serei eu.


Cantata
Carlos de Oliveira

7 comentários:

Maria Carvalhosa disse...

Que bonita cantata! E nem imaginas como se adequa ao meu estado de espírito de hoje...

bjinhos.

Joaquim Amândio Santos disse...

sempre me seduziu a maresia e um dia tirei do mar as palavras:

"
quando o mar deixa que suas ondas afaguem teu corpo
arranco seixos da areia e atiro-os sem pensar.
mergulho raivoso nas suas ondas,
torno minhas conchas suas
e só então,
me deito a teu lado na areia.

minha mão na tua,
com conchas para nos sossegar.
"

JAS

Rui Barroso disse...

Hello!
Venho agradecer a tua visita e retribuí-la.
Quando abri este blog percebi que já cá tinha estado. Infelizmente - como despistado que sou - não o terei posto nos favoritos e assim, nunca mais cá vim. Tal erro já foi emendado, e agora PROMETO ser "cliente" assiduo.

Um beijinho
:)

Rui Barroso disse...

P.S. - Mesmo com a luz apagada mantem-a sempre acesa, sim?

:)

MySelf disse...

Obrigado!
Beijos a todos

MySelf disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Paulo Cunha Porto disse...

Há legitimidade acrescida em ver-se como Estrela, não só do mar como do Céu, e em entoar esta cantata Alguém que tem, permanentemente, a Luz Acesa.
Beijinho.