11 de janeiro de 2008

A cor amarga do fim da tarde

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estou escondido na cor amarga do
fim da tarde. sou castanho e verde no
campo onde um pássaro
caiu. sinto a terra e orgulho
por ter enlouquecido. produzo o corpo
por dentro e sou igual ao que
vejo. suspiro e levanto vento nas
folhas e frio e eco. peço às nuvens
para crescer. passe o sol por cima
dos meus olhos no momento em que o
outono segue à roda do meu tronco e, assim
que me sinta queimado, leve-me o
sol as cores e reste apenas o odor
intenso e o suave jeito dos ninhos ao
relento

valter hugo mãe
de 'estou escondido na cor amarga do fim da tarde'

2 comentários:

Nuno de Sousa disse...

Gostei da foto meto bela bem captada associada a um belo poema, gostei personagem curiosa :-) Bjocas grandes amiga

Anónimo disse...

"sinto orgulho por ter enlouquecido", é por estas e outras que eu adoro o valter :)